capitalismo

Fome de poder e esse tal de craptalism

julho 21, 2017


Depois que cursei uma disciplina em que meu professor trabalhou O capital, a obra máxima dos comunistas comedores de criancinhas, durante um semestre inteiro, a minha vida mudou radicalmente.

Não que de repente eu começasse a entender tudo de Marx, até porque a leitura dos escritos dele exige muitos neurônios, mas passei a enxergar esse mundão onde vivemos de uma forma diferente. Eu não saia gritando OLHA A MAIS VALIA ALI, MEU DEUS pelas ruas, mas as coisas que nós discutimos em aula, as poucas coisas que realmente consegui entender, como o fetiche da mercadoria, passaram a ficar muito mais evidentes para mim.

Sempre digo que Marx me escolheu, não eu a ele. Isso porque cursei essa disciplina totalmente por acaso, porque eu tinha lido a súmula dela errado. Em sã consciência eu jamais pensaria em escolher uma disciplina que abordasse essa obra tão importante e alvo de tanta discussão ainda hoje. Quando me dei conta do erro, decidi que cursaria mesmo assim. Vamos ver o que vai acontecer, não é mesmo?


Dallas

O impacto do relacionamento abusivo entre meu casal favorito da TV na minha vida

julho 17, 2017


Ontem terminei de escrever um dos textos mais difíceis dos últimos tempos. Eu achava que o texto sobre a existência ou não de queerbaiting em Grace and Frankie tinha acabado com meu emocional, mas estava enganada. Mas o que é escrever senão envolver-se emocionalmente, não é? Se não fosse para isso, eu continuaria deitada na cama com meu gato, já que está fazendo míseros nove graus (!) agora.

Diferentemente do texto de Grace and Frankie, que rendeu muitas discussões no divã da terapia sobre estar "apta" para comentar um assunto desses e sobre a validação alheia, o texto sobre o relacionamento abusivo entre meus personagens favoritos de Dallas, Sue Ellen e J.R, não despertou sentimentos de que talvez eu fosse uma impostora. Na verdade, o que senti foi uma tremenda tristeza por estar despedaçando a última migalha da Jessica de 2013 que simplesmente chorava vendo os vídeos com cenas deles, feitos pelos fãs da série com músicas de Adele e Lana del Rey.

Como disse no Twitter, eu precisava muito escrever esse texto, e essa vontade surgiu no meio de uma madrugada em que passei uma hora reassistindo a esses vídeos, verdadeiras obras de arte. Nele, as tentativas de estupro de J.R estavam lá, retratadas como momentos amorosos entre o casal. Ali eu tive um momento de epifania: havia chegado a hora de passar meus pensamentos sobre esse tema tão complicado para o papel. Estava na hora de eu prestar contas à pessoa que fui em 2013.

canção francesa

Nós mudamos, mas nossos ídolos não: o caso Mireille Mathieu

julho 10, 2017




Não é simplesmente triste demais quando uma pessoa de quem a gente gosta muito de repente se torna tudo aquilo que você abomina? Dor maior que essa só se a pessoa em questão sempre tiver sido sido, e você só percebeu quase dez anos depois? Pois é, história da minha vida. 

Ou melhor história da minha vida e a da Mireille Mathieu.

Apresentação

Hello, stranger.

julho 10, 2017





Quem escreve é aquela pessoa que já teve trocentos blogs, passou pela época do Orkut e agora encontra-se na era do Medium.

Brincadeira.

Me chamo Jessica, mas sou mais conhecida como Jazz ou Jess. Até hoje minha terapeuta espera uma resposta sobre uma definição minha sobre eu mesma, então vocês imaginam a dificuldade que tenho em me apresentar.

Sou tradutora há mais de 2 anos, uma profissão da qual tenho muito orgulho. O que eu já traduzi? De escritos de Stalín a manuais de computadores. A tradução é um oito ou oitenta, e todo dia nos surpreende. Além disso, também gosto de escrever pelas Internets da vida e colaboro para dois sites maravilhosos: o Valkírias e o Cine Suffragette. Também tenho muito orgulho de ter criado o Cine Espresso, que atualmente funciona no You Tube como um canal sobre cinema clássico. 

Então vamos conversar? Sobre novela, Revolução Russa, queda da União Soviética (minha mais recente obsessão) e tudo o que der na telha.

Fleetwood Mac

Criar, postar e deletar

julho 10, 2017




De 2005 pra cá eu devo ter tido mais de dez blogs. O processo é basicamente o seguinte: criar, postar e deletar. Eu não consigo aguentar ter um blog durante muito tempo, talvez porque eu já tenha perdido o tino para essa dinâmica. Só que não consigo parar de tentar me adaptar a essa dinâmica tão fascinante. E é aqui que o "O tronco que fala" se encaixa.

Por mais que eu colabore para dois sites feministas que eu ame demais, o Valkírias e o Cine Suffragette, e tenha criado uma plataforma sobre cinema clássico incrível, o Cine Espresso, sempre senti que faltava algo. Alguns textos que publiquei timidamente no Medium começaram a me mostrar que o espírito Blogspot ainda estava em mim, ou seja, o desejo de escrever relatos mais pessoais. Sinto falta de escrever sobre os causos do meu cotidiano, relendo alguns blogs de 2005, eu percebi que escrevia sobre absolutamente tudo. Nada passava despercebido aos meus olhos.


Estamos falando sobre cinema no YouTube também