Parece que escolhi os livros mais pesados da vida para ler em 2017, tudo de uma vez só. Depois de encerrar O retrato de Dorian Gray mais desgraçada da cabeça impossível por causa dessa coisa chamada envelhecer e morrer, fui procurar mais sarna para me coçar, dessa vez lendo A insustentável leveza do ser.
Pois, veja bem, já podemos colocá-lo como o terceiro livro que me fez chorar nesta vida. Os outros foram O amante, de Marguerite Duras, e A casa dos espíritos, de Isabel Allende. Quando um livro consegue me arrancar lágrimas, sei que valeu a pena, porque eu guardo todas as minhas lágrimas para chorar em filme.
A insustentável leveza do ser foi o segundo livro indicado pela Mia, e parece que ela conhece meu gosto, mesmo não me conhecendo pessoalmente. Que livro, meus amigos. Particularmente, não acreditei que fosse gostar tanto dele, pois me considero um pouco limitada quanto à profundidade de determinadas obras. Em outras palavras: burrona demais para entender. No entanto, não só consegui apreender as referências de Milan Kundera à música ou à filosofia nesse livro como elas fizeram tanto sentido para mim que soava como se eu estivesse conversando com minha terapeuta.