Minha ansiedade chegou ao limite. O mais engraçado disso é minha ingenuidade ao acreditar que poderia controlá-la, de que ela nunca mais iria aparecer para me assombrar. Pois cá estamos, com o coração batendo tão forte que não consigo dormir direito. Esse mesmo coração lembra que minha ansiedade não pede licença para nada, estou assistindo a um filme, mas minha cabeça não está ali. Ela está no som das batidas, tum tum tum e mais tum tum tum.
Cada dia tem sido um desafio para mim. Já acordo ansiosa, coisa que nunca tinha me ocorrido. Eu luto para não sucumbir aos meus medos e fracassos fazendo coisas que amo. Nunca eu me dediquei tanto aos meus projetos, porque são eles que me fazem esquecer a vida. Fazem com que eu não preste tanta atenção às batidas do meu coração.
A ansiedade me cega. Não consigo ver nada de bom na vida, nada de bom naquilo que faço. Só existe o objeto da minha ansiedade ali. Enquanto ela não baixar, eu não vou conseguir enxergar através da cortina de fumaça provocada por ela. Nessas andanças de ansiedade, a Internet se transforma em mais um lugar inseguro e que provoca crises. Nunca odiei tanto estar na Internet, porque atualmente ela tem sido um lembrete constante de ansiedade. É ansiedade que consome, consome, consome. Ironicamente, estou aqui, porque não consigo sair. Fora da Internet, também existe ansiedade. Dentro dela também. Que diferença faz?